"CISCO OU TRAVE"? Lucas 6.37-42
O que, pois, Jesus tinha em mente? Ele tinha em mente (veja vs. 41, 42) que é errôneo concentrar alguém sua atenção no cisco que está no olho de seu irmão, enquanto não considera a viga que está em seu próprio olho. O Senhor, aqui, está condenando o espírito de crítica condenatória, o juízo precipitado, aparentando justiça própria, sem misericórdia, sem amor, como também o indica claramente o contexto (vs. 35, 36).
Jesus às vezes usava a mesma figura ou uma semelhante, porém com uma aplicação diferente. O tratamento que um mestre e seus discípulos podem esperar é realçado em Mateus 10.24, 25; uma preparação completa sob a direção de seu Mestre cuja imagem eles refletirão é a questão em Lucas 6.40. Em Lucas 22.27 e João 13.16, a ênfase é sobre a humildade.
5273 υποκριτης hupokrites
de 5271; TDNT - 8:559,1235; n m
1) alguém que responde, intérprete
2) ator, artista de teatro
3) dissimulador, impostor, hipócrita
Quando pela graça soberana a viga for removida, o ex-descobridor de faltas estará em condições de ver com suficiente clareza para tirar o cisco do olho de seu irmão ou seja, poderá “restaurar tal pessoa com o espírito de mansidão”, e, examinando-se à luz, por exemplo, de 1Coríntios 13, se cuidará para que também não seja tentado (Gl 6.1).
À luz da última frase, na qual se faz menção de tirar o cisco do olho do irmão, é evidente que não era o propósito de Cristo desestimular a disciplina mútua. Ao contrário disso, tanto a autodisciplina como a disciplina mútua são estimuladas nesse dito.